Presidência intervém na gestão da Vila Olímpica

Presidência da República orientou os Ministérios do Esporte e Educação apressionarem a Prefeitura de Dourados a gerir o complexo esportivo.Ministro Aldo Rebelo pode custear a gestão

O ministro do Esporte garantiu ao deputado federal GeraldoResende (PMDB) que a Pasta pode vir a custear a gestão da Vila OlímpicaIndígena. A garantia ocorreu na sexta-feira, 25, depois da intervenção daPresidência da República.

A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da Repúblicasolicitou aos Ministérios do Esporte e Educação que enviem comunicados aPrefeitura para que ela assuma a gestão do complexo. Geraldo Resendeapresentou a SRI um relatório do descaso com a edificação. A ação daPresidência veio em resposta as cobranças do parlamentar.

Em contrato assinado pelo então prefeito Laerte Tetila, a Prefeitura secompromete a fazer a gestão da Unidade. Isto fica claro na cláusula 3.2 docontrato (letra M). Neste caso o contratado (município) deve“comprometer-se a zelar pelo correto aproveitamento/funcionamento dos bensresultantes deste contrato de repasse, bem como sua manutenção(...)”. Combase neste documento o Ministério Público Federal, já busca um acordo coma Prefeitura, para que honre o compromisso assumido em 2006.

O complexo está fechado desde a inauguração há seis meses, devido a faltade gestão. Para o deputado Geraldo Resende, apesar da inovação, o complexopoliesportivo está se configurando como “um grande desperdício de dinheiropúblico”. Por causa disso, desde que o complexo foi inaugurado, o deputadonão mediu esforços para levar uma solução para comunidade indígena. Resendeesteve cobrando ajuda junto aos ministros e a Presidência da República nointuito de garantir até mesmo ajuda financeira para incentivar o municípioa cumprir o acordo feito em 2006.

Em 2008, com a certeza de que a administração municipal de Dourados ficariacom a gestão da Vila, Resende viabilizou junto ao Ministério do Esporte ovalor de R$ 750 mil para finalizar a segunda etapa do projeto.

A primeira etapa foi realizada graças a emenda parlamentar apresentada porGeraldo. Ele conseguiu, ainda, apoio do então deputado Fernando Gabeira(PV-RJ), que destinou uma de suas emendas para a obra, totalizando o valorde R$ 700 mil.

Contudo, o parlamentar foi informado sobre o vácuo da gestão do complexoesportivo apenas no dia da inauguração da Vila. O governo do Estado afirmounão atuar em áreas indígenas devido a questões legais. Já a administraçãomunicipal, para a surpresa de Geraldo, não se comprometeu com a gestão,manutenção ou desenvolvimento de atividades no complexo esportivo.

“Este compromisso pode significar a retirada de mais de oito mil jovens ecrianças indígenas da rota da prostituição, das drogas e da violência. Opreconceito e o descaso das autoridades e da população não índia estãoempurrando a juventude indígena para o descaminho. Algo tem que ser feitocom urgência”, cobra Geraldo.

Galeria de fotos da Vila Olímpica Indígena


A primeira Vila Olímpica Indígena do Brasil foi construída em Dourados (Foto: Francisco Medeiros)

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