Hospital do Câncer amplia vagas com capacidade de atender interior
07/10/2017 10h32
O Hospital do Câncer de Campo Grande - Alfredo Abraão ampliou as vagas no serviço de tomografia computadorizada. De 350 exames, a unidade passa a atender 1 mil pacientes ao mês, com a capacidade de prestar serviço também ao interior do Estado, caso haja interesse por parte dos gestores. A informação foi dada por Carlos Machado, diretor da Fundação Carmem Prudente de Mato Grosso do Sul, que administra o hospital, durante entrega do aparelho.
O aparelho foi adquirido com recursos de emendas do deputado federal Geraldo Resende e coletiva dos deputados estaduais, e instalado no subsolo do prédio cujas obras foram concluídas com contrapartida do Estado. No local, também está em conclusão um bunker para abrigar o acelerador linear que permitirá dobrar o atendimento em radioterapia. O equipamento foi adquirido no ano passado, remanejado de Goiânia (GO), resultado de acordo entre o Governo do Estado e o Ministério da Saúde.
Segundo o governador Reinaldo Azambuja, 98% dos pacientes atendidos no Hospital do Câncer são via rede pública. "Estamos buscando fazer mais com menos, sermos mais efetivos, mais econômicos. O grande desafio de todos nós é propiciar um atendimento melhor à população e nosso compromisso continua até o final da obra para fazermos do Hospital do Câncer um local de referência no atendimento", completou o governador, ao lembrar que quanto mais cedo for o diagnóstico maiores as chances dos pacientes.
Autor da emenda que custeou 50% do valor do equipamento, o deputado federal Geraldo Resende comemorou a ampla parceria com o governo que tem permitido a aquisição de diversos equipamentos contribuindo para melhorar o atendimento no hospital. "Nós fizemos uma grande parceria, recuperamos vários recursos que o hospital estava prestes a perder, e também conseguimos resgatar emendas de outros parlamentares que não tinham sido reeleitos, colocamos essa individual e tivemos envolvimento da quase totalidade dos deputados estaduais", contou. "Eu tenho certeza de que nos próximos anos nós conseguiremos fazer desse hospital uma referência da oncologia não só para Mato Grosso do Sul mas de toda a região Centro-Oeste", completou o parlamentar.
Segundo o diretor do hospital, a unidade ficou quatro anos sem tomógrafo terceirizando o serviço. "Agora nós temos um equipamento que serve para as tomografias e já é voltado para planejar o tratamento de radioterapia. Otimiza o tratamento", adiantou Cláudio Machado. Segundo ele, o custo do equipamento no mercado é de R$ 1,2 milhão, mas a fundação conseguiu efetuar a compra por R$ 900 mil.
Impasse
Durante a entrega do tomógrafo, o deputado Geraldo Resende lembrou de aparelhos que contaram com recursos de emendas parlamentares, mas estão em desuso. O primeiro deles é o de hemodinâmica no valor de 1,3 milhão que está há quatro anos encaixotado em depósito do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian. O sistema é próprio para realizar procedimentos cardiovasculares. O segundo é o de radioterapia, que seria destinado para Dourados, mas que segundo o Ministério da Saúde, por omissão, o município foi retirado do programa de expansão das radioterapias no Brasil. "É preciso cobrar que os responsáveis possam resolver esses impasses e colocar para funcionar esses equipamentos", disse o parlamentar ao O PROGRESSO.